sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Os livros que não podem ser impressos e as novas experiências de leitura

Durante uma pesquisa sobre consumo de conteúdo digital, tive a oportunidade de conversar com algumas pessoas sobre como elas interagiam com música, filmes, notícias, jogos e livros no celular. Para a maioria dos conteúdos a convergência era nítida: os antigos suportes haviam sido substituídos e as pessoas estavam felizes com a nova experiência, EXCETO no caso dos livros.
 
 


A eficiência e afetividade do livro de papel



As letras pequenas e a frieza da leitura na tela deixam os livros eletrônicos para trás. Para alguns, passar um tempo com o livro de papel é como um respiro na super-conexão- “quando leio, gosto de silêncio…e o celular vai ficar me dando notificação de outras coisas e vou acabar saindo da leitura”.


O livro físico que conhecemos hoje é resultado de uma série de inovações que datam desde os pergaminhos – uma tecnologia de mais de 4 mil anos. A
mobilidade do livro tem pelo menos 600 anos e foi uma grande inovação no consumo desse tipo de conteúdo que permitiu a criação de muitos outros comportamentos e formas de transmitir conhecimento.


O livro de papel é eficiente, tem uma durabilidade superior à muitos outros suportes de conteúdo – bem conservado ele
pode resistir por mais de 100 anos.Os eletrônicos também não conseguiram ainda suprir a afetividade dessa experiência: a lembrança da cor da capa de uma edição especial, as marcas nos capítulos lidos várias vezes, aroma e até o simples fato de possuir a obra física para embelezar a estante ou presentear alguém. Fora a praticidade, poder carregar pra lá e pra cá e usar mesmo sem internet.

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