segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Repositórios da América Latina têm pouca visibilidade no Google Scholar

O auto arquivamento é a forma de publicar em acesso aberto (AA) a produção acadêmica, seja pesquisas originais, teses, material de estudo ou de difusão, e outras atividades relacionadas com o conhecimento científico. Não é novidade que a maioria das universidades mantém repositórios institucionais, na Ibero América, mas principalmente nos países desenvolvidos. Para assegurar que estes esforços cumpram com seus objetivos o procedimento mais direto e abrangente é saber que presença e impacto têm os repositórios na Web, especialmente nos principais buscadores que são o Google e o Google Scholar (GS).
 
Um recente artigo “Are Latin-American repositories invisible on Google and Google Scholar¹”, apresentou resultados surpreendentemente pobres comparados às expectativas dos pesquisadores, o que foi motivo de uma interessante discussão na rede INCYT² na última semana do mês de junho passado.
 
Analisaremos neste post as possíveis razões que poderiam explicar o pobre desempenho dos repositórios, e também, o questionamento a este meio como instrumento para aumentar a visibilidade e, por conseguinte, o impacto científico, as conclusões da discussão no INCYT, e aportaremos material técnico adicional para sua justificativa.
 
A visibilidade, cobertura ou presença deficiente que têm os repositórios em geral nos buscadores Google/GS não é uma novidade, pois em 2012, um artigo seminal de Arlitsch e O’Brien³, que analisa 21 repositórios em universidades nos EUA, deixou em evidência que a cobertura da indexação de Google/GS é baixa com uma taxa de documentos indexados da ordem de 30% no GS. Posteriormente a esta pesquisa, uma análise similar foi realizada sobre o repositório de documentos do Banco Mundial⁴, revelando que apenas 17,5% dos mais de 15.000 documentos estão indexados no Google/GS. Finalmente, os resultados da pesquisa que comentamos, analisaram a visibilidade e impacto na Web de 127 repositórios Latino-Americanos que contém 113.000 documentos PDF, onde descobriram que Google chega apenas a uma cobertura de 48,3% e 2,5% apenas é detectado no GS. Se a busca é ampliada a todo tipo de documentos, a taxa de recuperação é bastante maior no Google, mas no GS só chega a um terço dos documentos existentes.
 
Vejam a matéria completa aqui .

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