quarta-feira, 5 de julho de 2017

Simpósio: “Velhas e novas formas de direitas e autoritarismos”

Data: 1 e 2 de agosto de 2017 (terça e quarta-feira)
Local: Auditório da EPPEN-UNIFESP
(Rua Angélica, n. 100, Jardim das Flores, Osasco, SP)



Pelo menos desde a última década, temos assistido a ascensão de ideologias e doutrinas políticas reivindicadas por movimentos de extrema direita, sobretudo aqueles que se encontram com a chave histórica dos autoritarismos políticos, dos fascismos às ditaduras militares de segurança nacional, não raro implicando em aumento da intolerância, do racismo, da xenofobia e da brutal retirada de diretos, uma vez identificar-se este ideário, hoje, com o corpo doutrinário neoliberal, defensor do “estado mínimo” e invocador, para a persecução das esferas de organização da classe trabalhadora e de movimentos sociais na luta por direitos, da violência como instrumento da política, movida contra minorias sociais diversas por meio de um estado-policial de repressão permanente.  As bases sociais, as conjunturas políticas e as dinâmicas econômicas que viabilizam a ascensão, o protagonismo e a visibilidade destes movimentos extremistas, que põem em risco sistemas democráticos extremamente frágeis e notadamente inconclusos, encontram suas matrizes em processualidades históricas ainda inacabadas e que apontam para os extremos da persecução policial, da criminalização e mesmo do morticínio daqueles considerados na "borda externa" do regime ideológico que se pretende defender. Em função da ameaça iminente de recrudescimento da violência política, tomada como instrumento por grupos auto referidos ultradireitistas, na contemporaneidade, há a notória necessidade de o debate acadêmico exceder os muros das universidades, tentando aquilo que Joseph Fontana definiu como "história-instrumento", capaz de alterar o próprio tempo presente. Dado que, historicamente as matrizes do autoritarismo político não se concentrarem numa mesma temporalidade, é imperativo debater os autoritarismos, seus caracteres e permanências, entre distintas formas, da dimensão teórico-conceitual à realidade empírica.

1 de agosto (terça-feira)

19h-20h30
Conferência de abertura: “O conceito de fascismo e suas permanências”
Osvaldo Luis Angel Coggiola (USP)

20h30-23h
Painel: “Novas expressões de autoritarismo político e fascismo”

Os fascismos europeus e a ultradireita contemporânea
Ismara Izepe de Souza (UNIFESP)

Neonazismo, negacionismo e extremismo político
Rodrigo Medina Zagni (UNIFESP)

O internacionalismo antifascista
Iohann Iori Thiago (ANTIFA)

Conservadorismo, intolerância e xenofobia nas eleições presidenciais norte-americanas
Carla Viviane Paulino (UFMT)

2 de agosto (quarta-feira)

14h-18h
Oficina de análise fílmica: “Imagens do autoritarismo e seus usos didáticos”

Exibição do filme: “Ele está de volta” (“Er ist wieder da”); dir.: David Wnendt, comédia, Alemanha, 2016.

Análise fílmica com:
Laíza Santana (USP)
Alexandro Alberto Pereira (Colégio São Domingos)

19h- 21h30
Painel: “Estado-policial e repressão permanente na América Latina”

Autoritarismo e política na América Latina
Igor Fuser (UFABC)

O integralismo e suas permanências
Renato Alencar Dotta (GEINT-UFF)

Ditaduras e revisionismos
Fábio Venturini (UNIFESP)

Intolerância política e a persecução do livre-pensamento
Maurício Orestes Parisi (ICP)

21h30-23h
Conferência de encerramento: “Autoritarismo e Golpes na América Latina
Antonio Roberto Espinosa (UNIFESP)

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