quinta-feira, 30 de março de 2017

Brasil é líder global em número de mulheres cientistas

Mulheres são autoras de 49% dos artigos científicos produzidos no Brasil e chegam a 17% das invenções, superando países como Estados Unidos e Japão 


Um levantamento feito pela Elsevier, editora de artigos científicos, revelou que, em vinte anos, a participação feminina na produção científica no Brasil cresceu 11%. O estudo “Gender in the Global Research Landscape” comparou 12 países ao todo – como Estados Unidos, Japão e Reino Unido – usando critérios como número de artigos em publicações científicas e citações de pesquisadoras mulheres.

A pesquisa repercutiu em veículos de todo o mundo, como a revista Forbes (que publicou uma matéria com o título: Novo Estudo Surpreendente: Brasil é Líder Global em Igualdade de Gênero nas Ciências). No caso da publicação americana, o que chamou a atenção foi a incongruência entre os resultados e o quadro de discriminação por gênero no Brasil. Como apontou a Forbes, “as notícias sobre mulheres no Brasil tendem a ter cunho negativo”, se referindo ao número de feminicídios e ocorrências de violência de gênero no país.

Como a Elsevier constatou, entretanto, há o que comemorar quando o assunto é ciência. Dos artigos publicados no período analisado, que vai de 1996 a 2015, em média 40% dos autores eram do gênero feminino. No caso brasileiro, o número alcançou a casa dos 49%, beirando a paridade de gênero. Em termos brutos, só entre 2011 e 2015, isso equivale a 153.967 artigos contabilizados no Brasil.

Nos caso dos inventos elaborados por cientistas brasileiros, o índice de mulheres também surpreendeu. Entre 1996 e 2015, a taxa subiu de 11% para 17%. Atualmente, o número supera o resultado de países como o Reino Unido e mesmo da União Europeia como um todo, que chegaram ao marco de 12% de inventoras.


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