quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Com "universidades de integração", Brasil aposta na diplomacia do diploma

Cada vez mais inserido no processo de internacionalização acadêmica, país aposta em universidades transnacionais para fortalecer integração com América Latina e África
 
A recente ascensão do Brasil como potência mundial emergente ressuscitou uma antiga tese, muito difundida especialmente na América do Sul durante os anos de ditadura, que enxerga o gigante sul-americano como uma nação imperialista. Como exemplos contemporâneos que contribuem para a má fama estão os protestos de trabalhadores contra condições precárias de trabalho e o forte impacto ambiental causado por mineradoras de origem brasileira na África, especialmente em Moçambique; ou o envolvimento de empreiteiras nacionais em zonas reivindicadas por populações nativas, como na Bolívia.

Por outro lado, o país também procura demonstrar, através de uma série de iniciativas pioneiras na Educação, que também é capaz de exercer uma liderança regional sobre bases diferentes. Com o ensino superior cada vez mais inserido no processo de internacionalização, o governo adotou os princípios de cooperação solidária e integração regional para nortear as parcerias no setor, especialmente com países latino-americanos e africanos.

A cooperação solidária se baseia em acordos de mão dupla, onde todos possam sair ganhando: estímulo à transferência e compartilhamento de experiências e conhecimento e fortalecimento do intercâmbio e de parcerias entre instituições de ensino superior, principalmente através de redes.

Com base nesses princípios foram criadas recentemente duas instituições de caráter transnacional, a Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), em Foz do Iguaçu, na Fronteira Trinacional, voltada a todo o continente latino-americano e o Caribe; e a Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira), na pequena Redenção (Ceará), primeira cidade brasileira a abolir a escravidão, em 1883. Ela é voltada aos países da CPLP (Comunidades de Países da Língua Portuguesa).

A primeira, iniciada em 2010, incentiva os alunos latino-americanos a voltarem aos seus países de origem para lá poderem aplicar seus conhecimentos. A segunda, que teve os primeiros cursos iniciados em 2011, determina que os três últimos trimestres de cada curso sejam realizados em países africanos ou no Timor Leste – caso estes tenham parcerias, equivalência e condições para oferecê-los.
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