terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Biblioteca, um lugar para ler, escrever, ouvir, sonhar e criar

Referência na criação de bibliotecas, chileno Gonzalo Oyarzún estará em SP nesta semana para falar sobre o tema


A biblioteca não é um artigo de luxo, mas uma instituição de primeira necessidade. Ela vai muito além dos livros, pode ajudar no desenvolvimento de sua comunidade e é ainda mais necessária atualmente por causa do excesso de informação. A opinião é de Gonzalo Oyarzún, professor e consultor chileno com um vasto currículo na área de bibliotecas públicas e um dos convidados do Workshop Internacional Mediação: Uma Biblioteca para Hoje e para Todos, que será realizado na quinta, 13, e sexta, 14, na Biblioteca de São Paulo, com organização do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo.


     Biblioteca de São Paulo, construída na área da antiga penitenciária do Carandiru. Foto: Amanda Perobelli /         Estadão


Oyarzún aponta três motivos que tornam as bibliotecas ainda mais necessárias nos dias atuais.
O primeiro é que a promessa de acesso universal à informação é uma fantasia para a maioria da população mundial por causa da língua – quase 70% do conteúdo na internet está em inglês, alemão, russo e francês. “Para países do terceiro mundo, a biblioteca é a única porta de acesso a informações que vão ajudar as pessoas a encontrar trabalho, ampliar seus estudos, entrar em contato com seus familiares, cuidar da saúde e melhorar suas competências profissionais. Ela é uma instituição de primeira necessidade.”
O segundo motivo, explica, é que as bibliotecas têm um papel determinante na vida das comunidades. Segundo Oyarzún, as pessoas usam as tecnologias de informação para se comunicar, mas essas tecnologias não são exatamente um espaço de encontro. “Sem exceção, esses locais são todos comerciais, onde devemos consumir, pagar, nos expor às dinâmicas do mercado. Já as bibliotecas são espaços para todos e de todos, em que ninguém tem o acesso negado e que é democrática por excelência, gratuita em seus serviços e com conteúdo de qualidade.” 
Por fim, o terceiro motivo é a importância do mediador de leitura. Ele argumenta que um livro pode servir para enfeitar uma mesa, segurar uma porta ou para ser lido. “O que vai fazer a diferença é a mediação. Um livro por si só não muda nada. É preciso ter gente, e um bibliotecário pode ser essa pessoa que vai aproximar carinhosamente a leitura de quem precisa.” 

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